domingo, 25 de setembro de 2011

Mediunidade na Umbanda

"O dom mediúnico é o despertar dos dons naturais latentes no próprio ser e inerentes à compromissos feitos na espiritualidade antes do encarne que na sua complexidade vai de causas até os efeitos."
À medida que o ser evolui e moraliza-se,ele adquire maiores faculdades psíquicas e consequentemente aumenta sua percepção espiritual.Há muitos irmãos ainda que atrasados e moralmente incapazes de discenir a faculdade inerente do ser,a Espiritualidade concede a faculdade mediunica para que através dela,o ser encarnado possa se lapidar dos erros pretéritos e ao mesmo tempo fazer com que haja um elo de ligação entre o Plano Espiritual e o Plano Físico.Esta simbiose faz com que haja homogeinidade entre os dois planos,observando o fator primordial que é o grau vibracional(mental, astral e físico) do médium.
A mediunidade não é um fenômeno de nossos dias.Sempre existiu desde quando existe o homem,pois, através dela que o Astral Superior pode interferir na evolução do mundo,orientando,guiando,protegendo e dando inspirações e ensinamentos necessários.Não podemos deixar de mencionar o fato que os Guias da Astralidade servem de elementos decisivos para que estas metas sejam realizadas.
É bem verdade que antigamente a mediunidade na era conhecida e generalizada nos seus aspectos práticos, nem por isso deixou de ser admitida,estudada e usada para o bem coletivo.Desde as tribos primitivas onde a mediunidade era somente exercida pelos pajés iniciados,passou pela Grécia,Egito,Índia,Pérsia e Roma onde nas escolas e templos iniciáticos,começaram todo um trabalho de preparação e conscientização dos fatores intrísecos do ser,proporcionando na era atual,uma conscientização maior da humanidade gerando assim,várias correntes que direta ou indiretamente contribuem para o despertar do movimento conscencional da humanidade.
A mediunidade se apresenta em aspectos muito complexos no qual não nos ateremos.Somente tentaremos descrever os aspectos mais comuns,começando por estes dois tipos:
Mediunidade Natural;
Mediunidade Probatória;
Na Mediunidade Natural o espírito já adquiriu suas faculdades maiores.É senhor de uma sensibilidade apurada porque já está num estado de evolução maior,que lhe permite atuar em planos superiores.
Na Mediunidade Probatória,foi dado ao médium uma condição psico-etérico-astral que lhe permite servir de instrumento para o Astral Superior e suas manifestações.Este tipo de mediunidade existe devido às dívidas cármicas adquiridas no passado e, trabalhando na Seara Mediunica faz com que o ser possa quitar seus débitos.
Ainda podemos subdividir estas divisões em:
Mediunidade Consciente;
Mediunidade Semi Consciente;
Mediunidade Inconsciente;
Médium Consciente:

Pode-se dizer que um médium consciente é aquele que durante o transcurso do fenômeno tem consciência plena do que está ocorrendo. O Espírito comunicante entra em contato com as irradiações perispirituais do médium, e, emitindo também suas irradiações perispirituais, forma a atmosfera fluídica capaz de permitir a transmissão de seu pensamento ao médium, que, ao captá-lo, transmitirá com as suas possibilidades, em termos de capacidade intelectual, vocabulário, gestos, etc.
O médium age como se fosse um intérprete da idéia sugerida pelo Espírito, exprimindo-a conforme sua capacidade própria de entendimento.
Esta forma de mediunidade será tanto mais proveitosa quanto maior for à cultura do médium e suas qualidades morais, a influência de espíritos bons e sábios, a facilidade e a fidelidade na filtração das idéias transmitidas. Seu desenvolvimento exige estudo constante, bom senso e análise contínua por parte do médium.
No Cap. XIX do "Livro dos Médiuns", especificamente o item 225 descreve a dissertação dada espontaneamente por um Espírito superior, sobre a questão do papel do médium, como segue:
"Qualquer que seja a natureza dos médiuns escreventes, quer mecânicos ou semimecânicos, quer simplesmente intuitivos, não variam essencialmente os nossos processos de comunicação com eles. De fato, nós nos comunicamos com os Espíritos encarnados dos médiuns, da mesma forma que com os Espíritos propriamente ditos, tão só pela irradiação do nosso pensamento".


Médium Semi-Consciente:

É a forma de mediunidade psicofônica em que o médium sofre uma semi-exteriorização perispirítica, permitindo que esse fenômeno ocorra.
O médium sofre uma semi-exteriorizacão perispirítica em presença do Espírito comunicante, com o qual possui a devida afinidade; ou quando houve o ajustamento vibratório para que a comunicação se realizasse. Há irradiação e assimilação de fluidos emitidos pelo Espírito e pelo médium; formando a chamada atmosfera fluídica; e então ocorre a transmissão da mensagem do Espírito para o médium.
O médium vai tendo consciência do que o Espírito transmite à medida que os pensamentos daquele vão passando pelo seu cérebro, todavia o médium deverá identificar o padrão vibratório e a intencionalidade o Espírito comunicante, tolhendo-lhe qualquer possibilidade de procedimentos que firam as normas da boa disciplina mediúnica.

Médium Inconsciente:
Esta forma de mediunidade de incorporação caracteriza-se pela inconsciência do médium quanto a mensagem que por seu intermédio é transmitida. Isto se verifica por se dar uma exteriorização perispiritual total do médium.
O fenômeno se dá como nas formas anteriores, somente que numa gradação mais intensa. Exteriorização perispiritual, afinização com a entidade que se comunicará, emissão e assimilação de fluidos, formação da atmosfera necessária para que a mensagem se canalize por intermédio dos órgãos do médium, são indispensáveis.
Embora inconsciente da mensagem, o médium é consciente do fenômeno que está se verificando, permanecendo, muitas vezes, junto da entidade comunicante, auxiliando-a na difícil empreitada, ou, quando tem plena confiança no Espírito que se comunica, poderá afastar-se em outras atividades.
Geralmente, o médium, ao recobrar sua consciência, nada ou bem pouco recordará do ocorrido ou da mensagem transmitida. Fica uma sensação vaga, comparável ao despertar de um sonho pouco nítido em que fica uma vaga impressão, mas que a pessoa não saberá afirmar com certeza do que se tratou.

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